quarta-feira, 22 de junho de 2011

Praticando...



JARDIM DAS BRINCADEIRAS E OUTROS JOGOS

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: JARDIM DAS BRINCADEIRAS




Introdução: Com retalhos de papéis, tampas de garrafa e canetinhas, você apresenta para a turma um jogo de tabuleiro instigante e interativo. O nome dele? Jardim das Brincadeiras. Inspirada no original alemão Obstgarten, a arte-educadora Cyrce Andrade recriou o jogo que oferece a oportunidade de trabalhar as brincadeiras.

Todos os jogadores têm a função de salvar juntos o jogo-da-velha, o peão, a pipa, a amarelinha etc. O obstáculo é um grande temporal. É preciso reunir à ciranda as crianças que estão fora da roda (tampinhas coloridas) antes da chuva começar a cair. Se as nuvens (peças pretas) taparem o sol antes disso, o jogo termina.

Área de formação humana: pensamento lógico-matemático.

Objetivos:
Ø      Levantar hipóteses na resolução de situações problema;
Ø      Utilizar diferentes estratégias para juntar, tirar, agregar, avançar, retroceder e repartir.
Ø      Explorar, comparar e relacionar objetos e  seus atributos.
Ø      Aprender a importância do trabalho em equipe.


Duração: de 23/05 á 08/07.
Material:
- Pedaço quadrado de papel na cor verde medindo 60 centímetros de lado
- Retalho de papel amarelo
- Retalhos de papel nas cores marrom e branca ou cru
- Retalho de papel na cor azul
- 4 pedaços de papel xadrez nas cores amarelo, laranja, vermelho, e azul e 1 multicor
- Tesoura simples e de picote
- Cola branca 
- Pincel redondo nº 3
- Canetas hidrográficas de várias cores
- Retalhos de papel de 180 ou 240 gramas nas cores preto, azul, amarelo, laranja e vermelho
- Tampas de garrafa
- Pedaço de cartolina branca medindo 24 centímetros de comprimento por 18 centímetros de largura
- Molde do dado (folha de moldes) 


Desenvolvimento:
1ª etapa: roda de conversa apresentando questões para serem resolvidas pelas crianças:
-o que é jogo? Se alguém ganha o outro tem que perder? Existe jogo em que todos ganham?
2ª etapa: propor a construção do jogo jardim das brincadeiras.
 PREPARAÇÃO DO TABULEIRO :Com a tesoura de picote, cortar as laterais do papel verde apenas o suficiente para dar um acabamento dentado.
3ª etapa: RECORTES DE PAPÉIS
Corte: um círculo de 12 centímetros de diâmetro de  amarelo, 15 tiras finas de 8 centímetros de comprimento de  amarelo, 30 círculos de 3 centímetros de diâmetro de  branco ou cru e 10 de  marrom com essa mesma medida, 24 retângulos de 6 centímetros de largura por 4,5 centímetros de comprimento de  branco ou cru, 10 triângulos eqüiláteros de 3 centímetros de lado de  xadrez azul, 30 triângulos eqüiláteros de 4 centímetros de lado de  xadrez amarelo, laranja e vermelho (10 de cada cor) e 10 retângulos de 3 centímetros de largura por 2 centímetros de comprimento de  azul. Dobre cada um desses retângulos azuis ao meio e corte como se fosse um bandeirinha junina.

4ª etapa: O SOL NO CENTRO
No centro do papel verde, cole o círculo amarelo. Desenhe a cara do Sol e depois cole as tiras amarelas ao seu redor para representar os raios solares.

5ª etapa: CIRANDA DE CRIANÇAS
Conte um palmo a partir dos raios do Sol por todo o papel. Nesse local, será montada a ciranda de crianças. Primeiro, cole as cabeças uma ao lado da outra, que são os círculos  brancos e marrons. Depois, fixe os triângulos, que são as roupas, debaixo das cabeças. Os triângulos maiores representam os vestidos das meninas, os azuis menores são as camisetas dos garotos e as bandeirinhas são os shorts. Com a caneta preta, desenhe os braços, as pernas, os cabelos e as feições.

6ª etapa: DESENHO DAS BRINCADEIRAS
Nos retângulos, desenhe brinquedos e brincadeiras. Cole os desenhos entre a ciranda e o Sol.

7ª etapa: PEÇAS COLORIDAS
Recorte 10 círculos de 1,5 centímetro de diâmetro de cada uma das cores dos retalhos de papéis. Cole-os nas tampinhas de garrafa.

8ª etapa: Pegue novamente os papéis estampados e corte quadrados de 5,5 centímetros de lado. Um de cada cor. Copie o molde do dado na cartolina branca. Cole um pedaço de papel em cima de cada quadrado. Sobram dois. Pinte um de preto e, no outro, cole o multicor, que servirá como uma espécie de curinga. Dobre e una as bordas com cola branca.
9ª etapa: Apresentação das regras do jogo. Montar um cartaz explicativo, de forma clara para que as crianças possam memorizar.
- O jogo é disputado por duas ou mais crianças. A partida começa com os desenhos das 12 brincadeiras cobertos com os retângulos de algodão e com as tampinhas coloridas espalhadas em volta do tabuleiro. Os próprios participantes estabelecem quem inicia e qual ordem seguir: horário ou anti-horário.

Antes de o primeiro jogar o dado, é importante contar a história que envolve esse passatempo. As crianças (de mãos dadas no tabuleiro) estão radiantes com as brincadeiras que estão no jardim, mas o divertimento é ameaçado pelo temporal (peças pretas) que está se armando bem em cima de suas cabeças. É preciso que cada uma receba um colega (peças azuis, laranjas, amarelas e vermelhas) para que juntos salvem as brincadeiras antes que a chuva estrague tudo.

Depois da contextualização, inicia-se a partida. Um aluno joga o dado e se, por exemplo, o amarelo for sorteado, ele pega a tampa amarela e coloca na criança de mesma cor. Os outros repetem o movimento. Quando o dado cai do lado preto, o jogador pega a peça preta e põe em cima do Sol. Se cai onde estão todas as cores, ele escolhe qualquer peça colorida e coloca na figura correspondente.

Os movimentos prosseguem até que dez crianças seguidas sejam cobertas. Quando isso acontece, as três brincadeiras desenhadas bem em frente a elas são descobertas e salvas. O jogo acaba quando terminam as pretas antes das coloridas, o que significa que a chuva começou e não há mais brincadeiras. Ou quando acabam as peças coloridas antes que as pretas cubram o Sol. Isso significa que as crianças conseguiram salvar todas as brincadeiras.

Para complicar um pouco o jogo e torná-lo mais emocionante, basta diminuir o número de peças pretas.

10ª etapa: jogar várias vezes para que as crianças aprendam as regras e, posteriormente, criem novas formas de jogar.
11ª etapa: apreciar outros jogos cooperativos de tabuleiro, construidos pelas professoras e de encartes de revistas.
Avaliação: Há uma série de conceitos a explorar. De cara, os estudantes entendem a importância do trabalho em equipe. “O jogo tem um objetivo e deve ser atingido em conjunto”, diz Fernanda Selbmann Sampaio, professora de Educação Corporal da Escola Cooperativa de São Paulo. “Não há rivalidade entre os jogadores e, naturalmente, um acaba torcendo pelo bom desempenho do outro.”
Como mais um incentivo para o trabalho em grupo, Cyrce sugere que o jogo seja construído por alunos e professores. “É um excelente momento para trocar ideias, ouvir histórias e cantarolar músicas”, reforça. Além disso, torna-se gratificante para quem confecciona descobrir-se capaz de fazer algo que será compartilhado com os colegas.

Fonte:Revista Nova Escola Ed. 10/2007.